A Agricultura e as Alterações Climáticas

As alterações climáticas é uma constatação que não podemos ignorar e o setor da agricultura deverá preparar-se cada vez mais para estas transformações necessárias.

A agricultura é uma prática que acompanha o homem, desde o início da sua história. Na evolução do desenvolvimento humano, a agricultura e o seu desenvolvimento  foi fundamental e decisiva para a melhoramento dos padrão de vida.

Inicialmente, praticava-se uma agricultura de subsistência, que era praticada essencialmente ao nível familiar e para as suas necessidades. Depois, muito mais tarde e, em especial com a migração das famílias das zonas rurais para as cidades, houve a necessidade de uma mudança acentuada no modo de produção agrícola. Passou-se a uma agricultura intensiva, de forma a dar resposta aos mercados de procura e oferta, sejam de produtos animais e vegetais e, muito contribuiu a mecanização a automação agrícola, a utilização de produtos químicos para a fertilização e tecnologia associada a vários tipos de problemas.

Estas transformações, ajudaram a que se atingissem altos índices de produtividade, mas também criou alterações e problemas ao nível da fertilidade dos solos ou do tempo de produção. 

Mas podemos identificar como o maior problema e cada vez mais visível: as alterações climáticas. Este é um problema que resulta essencialmente do modo de vida dos seres humanos e o seu impacto no planeta terra é um dos maiores problemas do homem da atualidade, transversal à agricultura e, o futuro passa como continuar a produzir mitigando os seus efeitos, sobretudo negativos, para o agricultor.

O efeito das alterações climáticas no sector agrícola

Cada região do planeta terra, em função da sua localização e exposição, está exposta a certas condições meteorológicas determinadas por múltiplos fatores e processos que interagem entre si. Com as alterações climáticas verificam-se certas perturbações desses sistemas climáticos, complexos e dinâmicos, que sendo normais e fazendo parte da evolução do clima, verificam-se cada vez mais anomalias extremas como: períodos de seca, calor extremo, chuvas torrenciais, furacões, granizo, etc.

É uma realidade que as alterações climáticas apresentam na sua generalidade elevados custos, económicos, ambientais e sociais, verificando-se também que os sectores mais influenciados e prejudicados são a agricultura e as florestas. Este problema verifica-se porque o desenvolvimento da atividade agrícola é feita maioritariamente ao ar livre, estando exposta às condições meteorológicas. Este é um problema cada vez mais acentuado, existindo uma necessidade de implementar medidas corretivas e de resposta a situações de emergência.

Qual impacto que as alterações climáticas têm no sector agrícola

Verifica-se que as alterações climáticas podem ter um forte impacto nas atividades agrícolas, representando uma real ameaça a atividade se nada for feito.

Verificam-se já impactos direto do aquecimento global na fenologia, com o efeito da redução da duração do ciclo das culturas e, em resultado disso: redução da produtividade.

Por outro lado verifica-se um aumento de CO2 na eficiência fotossintética das culturas, que aumenta a taxa fotossintética e, consequentemente, a produtividade. Este aumento de CO2 tem origem essencialmente nos combustíveis fósseis e na desflorestação, que origina por um lado a libertação CO2 e por outro reduz a sua assimilação pelas plantas. Nota-se que alguns tipos de culturas respondem positivamente a estas alterações, verificando-se os consequentes aumentos de produtividade, variando de espécie para espécie, estado fenológico e gestão da produtividade agrícola, nomeadamente em relação à água e ao azoto. É expectável no entanto que estas alterações na temperatura e na precipitação irão limitar este efeito positivo.

Portugal e as medidas para mitigar os efeitos das alterações climáticas

Portugal é o país mais ocidental da Europa, com uma exposição oceânica extensa e muito exposto a alterações climáticas (sendo que nenhum país está livre deste problema).

Portugal tem vindo a adoptar certas medidas no sentido de mitigar os efeitos que a poluição pode causar, prova disso foi o lançamento do Programa Nacional para as Alterações Climáticas, que procuraram estabelecer políticas, medidas e instrumentos com o objetivo de dar resposta à limitação de emissões de gases com efeito de estufa. Apesar da eficiência e cumprimento de objetivos que este e outros programas de âmbito nacional e europeu revelaram, as alterações climáticas são inevitáveis, sendo necessário traçar estratégias e medidas de adaptação ao seu impacto de forma continuada e evolutiva.

Assim ao longo das últimas décadas tem-se intensifico o estudo sobre o contributo da agricultura para as alterações climáticas, sabemos que esta apresenta aspetos positivos e negativos nesta temática. Podemos afirmar que as alterações climáticas são uma das muitas pressões a que a agricultura está sujeita, com o crescimento da procura e da competição pelos recursos, verifica-se que a produção e o consumo de alimentos interliga agricultura com muitos outros sectores.

Uma resposta às alterações climáticas

Existe a necessidade de definir de forma estudada e planeada respostas a cenários de curto, médio e longo-prazo, envolvendo o conhecimento e recursos necessários para as estratégias de adaptação. Passando estas medidas de adaptação às alterações climáticas por:

  1. Alterar as variedades e/ou as culturas para outras com necessidades térmicas e de vernalização mais adequadas e/ou com melhor resistência ao stress térmico e hídrico.
  2. Adaptação dos sistemas de gestão e de produção.

Com o aumento da população mundial, o mundo necessita de produzir cada vez mais alimentos, sabendo nós que os principais recursos são limitados. A abordagem política coerente e integrada em matéria de alterações climáticas irá certamente provar a necessidade de aumentar a produtividade, reduzindo a nossa dependência dos produtos agroquímicos, e diminuir o desperdício alimentar. O papel fundamental é dos agricultores que desempenham a manutenção e a gestão da biodiversidade e são um elemento indispensável da economia rural.

Uma palavra final para os agricultores que têm uma importante palavra a dizer neste processo de adaptação.

Fazer agricultura é tão ou mais importante nos dias de hoje, como foi à milhares de anos atrás. Mas o tempo mudou e hoje, os elementos externos têm um grande impacto nas produções que se tornaram cada vez mais intensivas. A previsibilidade e rentabilidade é importante para a questão económica da produção agrícola, assim o know-how e a tecnologia, passaram a ser fatores elementares e utilizados no dia a dia. Também muito importante são os novos serviços de seguros para esta área de atividade, que permitem fazer face às intempéries imprevisíveis e que podem de um momento para o outro colocar em causa o trabalho e o investimento de meses de trabalho. Informe-se sobre o seguro de colheita ou sobre o seguro de rendimento e fique a par de toda a informação possível.

Partilhar:

Artigos Relacionados

Pedido de Cotação

Seguro de Proteção ao Rendimento

Seguro de Colheita